segunda-feira, 30 de junho de 2014

VIGIAR E ORAR



VIGIAR E ORAR

1 Co 16.13; Lc 12.37, 39, 40; 1 Ts 5.2-6; 1 Pe 5.8

Ap 16.15; Lc 21.25-28; Lc 21.36


UM EXEMPLO DE COMO FICAR ACORDADO E ALERTA

Certa ocasião, uma empresa alemã planejou abrir uma rede de sex shops na Inglaterra e pensava abrir a primeira loja em Richmond. Todos nós da comunidade de crentes tínhamos conhecimento de que esse tipo de loja estava se tornando um problema no país todo e estávamos alertas a toda situação. Estávamos orando contra essa possibilidade e atentos ao primeiro sinal dos aconteci­mentos. Não havia dúvida em nossa mente de que os po­deres das trevas usavam esse tipo de loja para corromper, prejudicar e arruinar as pessoas. Tínhamos visto o efeito e dano que isso havia causado em alguns dos nossos com­panheiros salvos que tinham feito uso desses produtos.
Certo dia, um irmão da comunidade veio a Halford Honse e nos disse que a loja de fato tinha sido instalada do outro lado da estação de trem de Richmond. Decidi­mos, como comunidade, gastar alguns dias em oração. Foram momentos maravilhosos de oração corporativa, e o Espírito Santo nos deu várias promessas na Palavra de Deus. Firmamos os pés nessas promessas, em nome do Senhor, para destruir essa sex shop.
Na última noite de oração, todos nós sentimos que o Senhor tinha ouvido nossa oração e começamos a louvá-lO. Eu estava totalmente extasiado com a agitação de tudo aquilo e resumi todo o nosso tempo de oração as­sim: “Oh, Senhor, colocamos uma bomba debaixo dessa sex shop e a mandamos pelos ares!”.
Na manhã seguinte, Margaret Trickey, que cuida da Halford House, entrou rindo de tal forma que, por um longo tempo, não conseguia nos dizer o que ela acha­va tão engraçado. Finalmente, apoiando-se na verga da porta, conseguiu dizer: “A sex shop, a sex shop”. Eu disse: “Margaret, você com certeza não foi à sex shop, foi?”. Ela respondeu: “Não”, e por fim conseguiu dizer: “A loja de produtos pornográficos! Ela foi pelos ares!”.
Aí foi minha vez de ficar preocupado: pensei que a polícia estivesse chegando para conversar conosco. Já me imaginei na frente deles: “Sr. Lambert, o senhor tem algum motivo para suspeitar que um membro da sua congregação colocou uma bomba nessa loja?”. Eu di­ria: “É claro que não, nem em sonho passaria em nossa cabeça fazer algo tão fora da lei como isso!”. Contudo, lembrei-me de que em nossa comunidade havia alguns rapazes que tinham ficha na policia, embora fossem cren­tes agora. Se a policia interrogasse um deles, a resposta seria: “Não, não conheço ninguém da congregação que colocaria uma bomba na sex shop, mas quando o nosso líder orou, ontem, ele disse: ‘Senhor, nós colocamos uma bomba nessa sex shop e a mandamos pelos ares’”. Eu me via tentando explicar ao juiz qual era o sentido daquelas minhas palavras.
Mas a verdade era diferente. Margaret tinha ido a uma loja vizinha e descobriu que estavam bastante nervo­sos com o que havia acontecido. Eles disseram que o sis­tema de calefação a gás da sex shop havia explodido e tinha destruído o prédio. Esse foi o fim daquela sex shop! Nós tí­nhamos ficado alertas sobre o assunto e procuramos tratar com ele em oração, e o Senhor agiu em nosso favor.


VIGIAS QUE ESTÃO PRONTOS, ESPIRITUALMENTE ALERTAS, E ATIVOS

A necessidade de vigiar e não apenas orar tem mui­to a ver com estar ciente dos acontecimentos que ante­ciparão a vinda do Senhor. Por diversas vezes o próprio Senhor nos alerta que podemos ser colhidos de surpre­sa pela Sua vinda. Para aqueles que não vigiam, Ele virá como um ladrão de noite, súbita e inesperadamente. O Senhor Jesus declara, como registrado por João, em Apocalipse 16.15:

“Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha”.

Os ladrões não têm por hábito telefonar para suas vitimas avisando a sua chegada. Eles não mandam um cartão de visitas com a data e hora da sua chegada; eles vêm furtiva e inesperadamente.
Muitos anos atrás, minha mãe e meu padrasto via­jaram por alguns dias, e uma tia veio cuidar de minha irmã e de mim. Por volta das duas da manhã, minha tia entrou no meu quarto e disse: “Lance, levante rápido; a avenida inteira está cheia de policiais, cães da policia e carros pretos da policia. Eles estão examinando o quintal de várias casas. A Teresa e eu estamos tentando ver qual dos vizinhos foi roubado”.
Eu rapidamente me levantei e corri para o outro quarto. Ali, minha irmã e minha tia inclinavam-se pela janela, observando avidamente tudo o que acontecia. Mi­nha tia pensava que certo vizinho é que tinha sido rou­bado; mas minha irmã contestou: “Esse vizinho tem um pastor alemão enorme, muito bravo”. De repente, minha tia disse: “Ah, estou com sede; vou descer à cozinha e fa­zer um café”, com isso desaparecendo escada abaixo. Um momento depois, ouvimos um grito tão horripilante que teria sido capaz de ressuscitar os mortos no cemitério que ficava a mais de um quilômetro de distância, no ou­tro lado do rio. Menos de um minuto depois, como um foguete lançado de Cabo Canaveral, ela subiu as escadas, aterrissando lá em cima, lívida e tremendo: ‘O ladrão, o ladrão”, ela balbuciou. “Ele está na nossa cozinha.” Mi­nha irmã perguntou: “Ele disse alguma coisa?”. “Sim, ele disse: ‘Boa noite, senhora’. “Bem, o que é que ele estava fazendo?”, eu perguntei. “Ele estava comendo uma sobre­mesa”, respondeu minha tia.
Constatou-se que ele era um ladrão famoso. Ele ti­nha assaltado treze casas aquela noite, e a polícia ainda não tinha conseguido pegá-lo. Demorou um ano para que conseguissem apanhá-lo. Ele saiu da nossa cozinha da mesma forma que tinha entrado, por uma pequena janela na despensa. Todos nós estávamos conversando so­bre quem o ladrão estava visitando e, na realidade, ele estava em nossa própria casa! Isso ilustra como é possí­vel crer que outros serão surpreendidos pela vinda do Senhor como um ladrão, quando na verdade quem pode ser surpreendido somos nós mesmos!
De fato, não teremos desculpa se formos pegos de surpresa pela vinda do Senhor. Temos extensos trechos da Palavra de Deus que descrevem com acurada precisão as condições e os eventos que culminarão na Sua volta. Se cremos em um arrebatamento daqueles que estão pron­tos, como eu creio, então precisamos não apenas orar, mas também vigiar. Se prestarmos atenção ao que está acontecendo em nossas nações, ou por todo o mundo, o Espírito de Deus nos alertará e nos preparará para es­tarmos prontos. O Senhor Jesus nos alerta com estas palavras:

“Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem” (Lc 21.36).

Temos de vigiar o tempo todo, investigando cuidadosa­mente, suplicando que o Senhor nos mantenha acordados e alertas. Aos que vigiarem e estiverem espiritualmente ativos e alertas o Espírito Santo dará uma “compreensão dos tempos”. Ele disse também:

“Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados. Então, se verá o Filho do Homem vindo numa nuvem, com poder e grande gló­ria. Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se apro­xima (Lc 21.25-28).

Essas palavras de nosso Senhor me parecem muito importantes e oportunas. Estamos vendo o começo do seu cumprimento? Se for assim, não basta orar apenas, mas precisamos vigiar e estar prontos!

As 42 Jornadas no deserto parte 06



As 42 Jornadas no Deserto
Introdução - Parte 06
Texto: Nm 4: 5,6


Nós temos visto aqui algumas seqüencias algumas prioridades na nossa jornada espiritual. Nós vemos aqui primeiro a arca, porque aqui a arca fala de Cristo, fala dos planos da centralidade de Cristo. Depois para aqueles que acompanham comigo essa seqüência maravilhosa do estudo das peregrinações no deserto, nós podemos ver que este versículo 5, de Números capítulo 4, nos leva para Atos dos Apóstolos capítulo 2, aonde nós podemos ver ali a mesma seqüência.
Se nós lermos Êxodo capítulo 25, quando o Senhor ordena a Moisés que construa o Tabernáculo, nós vemos que ali havia uma ordem de coisas a serem construídas. Então primeiro nós vemos o que? Nós vemos a arca. Então a centralidade de Cristo é algo nós precisamos notar. Então primeiro a arca, depois a mesa, candelabro, o altar do incenso com o incensário, esta é a ordem. Se nós lermos Atos capítulo 2, versículo 42, nós vamos ver que primeiro eles perseveravam na “doutrina dos apóstolos” isso fala da arca, porque lá no capítulo 5, de Atos, versículo 42 diz que a doutrina dos apóstolos era “Cristo”, diz assim: “E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo”. Essa é a essência da doutrina dos apóstolos, a doutrina é a “centralidade de Cristo”. Aqui nós temos a figura da arca. Depois nós temos o que? Temos a comunhão. Temos o partir do pão, temos as orações. Vimos o primeiro item dessa questão – a centralidade de Cristo.
Na primeira carta aos Corintios capítulo 15, vemos como o apóstolo estabeleceu essas prioridades. Então aqui teremos estas prioridades: primeiro vemos que é Cristo; a segunda o Espírito e a terceira o Corpo de Cristo. Quando Paulo escreve aos irmãos aqui no capítulo 15, versículos 1 ao 5, de Corintios, ele diz assim: “ademais, vos declaro irmãos”, isso é uma declaração apostólica do que é o Evangelho em sua primeira essência, “o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais”; “por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão”. “Porque, primeiramente” aqui está a ordem de prioridade, “vos entreguei o que também recebi”, ou seja, o que ele também recebeu desta mesma maneira, “de Cristo” aqui está o primeiro item, é a Pessoa, o Senhor Jesus, o Filho de Deus. Ele diz “que Cristo”, aqui está o primeiro grande aspecto. Aqui está a doutrina apostólica, Cristo. Ai ele diz “que morreu pelos nossos pecados”, ou seja, a morte de Cristo vem em segundo lugar. A morte de Cristo segundo todas as riquezas da Palavra de Deus. A Pessoa de Cristo e agora a Obra de Cristo, veja a seqüência. Continuando, “e que foi sepultado”, veja a seqüência. Então primeiro nós temos Cristo, depois temos a morte de Cristo, depois temos o sepultamento de Cristo, e “que ressuscitou”, olhe uma nova seqüência, “ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”, “E apareceu a Cefas e, depois, aos doze”. Nós lemos os versículos do 1 ao 5, de 1 Corintios capítulo 15.
Portanto meus irmãos e irmãs, nós podemos ver que Paulo segue dando uma lista de todas as pessoas que foram testemunhas oculares da ressurreição do senhor Jesus. Mas precisamos focar no que Paulo havia estabelecido. Aqui ele estabeleceu um fundamento e ninguém pode lançar outro fundamento sobre o que já está posto, “o qual é o Senhor Jesus Cristo”. Este é o principal, o primeiro, o único fundamento. Quem é Jesus Cristo? O Evangelho trata de Jesus Cristo, de nos apresentar ao Senhor Jesus. Pra mim e pra você depende de quem seja Jesus para nós. Porque só assim nós poderemos chegar a Deus. Se o Senhor Jesus Cristo é apenas um personagem histórico que passou pela terra e ensinou uma ética, mais ou menos, algumas coisas rabínicas, morais, muito pouco você pode desfrutar do que Deus tem para nós. Tudo o que Deus tem para nós, o tem na Pessoa, Obra e Doutrina do Seu Filho Jesus Cristo e o tem em Seu Espírito. Então meus irmãos e irmãs, o senhor Jesus é o tema central, toda a centralidade da doutrina dos apóstolos é Cristo. Os apóstolos no que se relaciona com a pessoa do Senhor Jesus eles eram muito cuidadosos, nós não podemos ser diferentes. Se quisermos perseverar nessa doutrina temos que andar na mesma linha, temos que sair do centro, do foco, e deixar que todo foco no Corpo de Cristo, nas reuniões da Igreja estejam sobre a Pessoa do Senhor. Entre outras coisas João nos diz que não devemos receber em casa determinada pessoas em relação a Pessoa do Senhor Jesus que estão desviando os assuntos. Olhe o que ele diz na sua segunda epístola, capítulo 1, versículo 10: “Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas”. O que lhe diz bem-vindo participa de suas más obras. A igreja tem que conhecer estas pessoas que na verdade não trazem essa doutrina acerca de Cristo, acerca da Pessoa de Cristo.
Veja em Romanos capítulo 1, versículo 1, diz: “Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus”. Aqui Paulo está citando Atos capítulo 13, quando o Espírito disse: “Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado”. Agora ele diz nesta epístola aos Romanos que ele foi separado para que? Para o “Evangelho de Deus que ele havia prometido antes por seus profetas nas Santas Escrituras”. Aqui ele se refere ao Antigo Testamento. O Antigo Testamento é a preparação de Deus para do Evangelho Deus, era a intervenção divina através dos profetas para tipificar, anunciar e fundamentar tudo que é relativo ao Evangelho. Veja que Paulo no versículo 3, nos diz qual é o tema central do Evangelho no que se trata o Evangelho de Deus, diz que ele “havia prometido antes por seus profetas” através das Escrituras do Evangelho acerca do seu Filho, ou seja, o tema central do Evangelho de Deus “é o Filho de Deus”, “é o Senhor Jesus”. Aqui começa tudo, esse é o fundamento, nosso Senhor Jesus Cristo. Agora identifica que é o Filho de Deus. Diz que é Jesus, ele é o Messias.
Em Mateus capítulo 16, versículos 16 aos 18, aqui Simão Pedro fez aquela magna declaração: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Ai o Senhor Jesus afirma:

17 - Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.
18 - Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.

Quando o Senhor fala: “Sobre esta pedra”, não diz sobre Pedro. Agora estava apontando para Ele “sobre esta Rocha”, “edificarei a minha Igreja”. Você acaba de confessar o que o Pai te revelou. Esta é a revelação. E essa é a confissão acerca de Jesus, é que Pedro está confessando, está declarando “o Filho de Deus” como o “messias de Deus”, “o Cristo”. “Sobre esta Rocha edificarei a minha Igreja”, ai está o fundamento! Todos nós precisamos saber disto. A Igreja está edificada sobre o Filho de Deus, sobre o “Messias de Deus”, sobre Cristo, sobre “esta Rocha edificarei a minha Igreja”. Ai está o fundamento, sobre o Filho de Deus. Morto por nossos pecados, ressurreto, o Senhor da glória. Sobre ele está edificada a Igreja. Ele tem que nos revelar. Temos que conhecer o Filho de Deus porque ele revela-nos o Pai. Deus se agradou em revelar no seu Filho ele mesmo. Não foram carne nem sangue que revelou para Pedro, foi o Pai. A Igreja tem que estar centrada desfrutando do Senhor Jesus, conhecendo-o. Precisamos irmãos e irmãs, estar perplexos por conhecer a cada dia mais e mais a revelação de deus em Cristo na comunhão da Igreja, na vida da Igreja.
Irmãos e irmãs entendam de uma ver por todas Deus não recebe outro sacrifício de nossa parte, mas somente o que o Senhor Jesus fez em nosso favor. Ninguém pode chegar-se a Deus tendo como base qualquer outra coisa senão o Senhor Jesus Cristo. O melhor sacrifício que podemos apresentar é a nossa fé no senhor Jesus, é o nosso amor, o nosso apreço, o nosso conhecimento por ele. Não um conhecimento intelectual, mas um conhecimento experimental, espiritual. Aqueles que conhecem ao Senhor são os que apreciam o senhor, que agradam que confiam no senhor, este é o único sacrifício que deus realmente recebe. É o apreço que nós temos pelo Seu Filho. Não é nada que nós temos em nós mesmos, não que mereçamos que podemos. Quem é Jesus em nós para nós? O que nós confessamos dele? Qual é o nosso apreço em relação a pessoa bendita do Senhor Jesus? Até que ponto nós o conhecemos? Será que nós temos compreendido isso? Porque é isso que importa para Deus, essa é a prioridade, esse é o fundamento. Isso tem valor para Deus! Precisamos confiar verdadeiramente no Seu Filho, crer Nele de todo o nosso coração.
Irmãos e irmãs, todos os sacrifícios que Deus deu, que no Antigo Testamento para que se apresentasse diante Dele, para que pudesse receber do seu povo, todos esses sacrifícios apontavam para a Pessoa do Senhor Jesus, representava o Senhor Jesus. E quantos sacrifícios eram? Eram de muitas classes. Era necessária uma quantidade de bezerros, cordeiros, touros, pombinhos, milhares tinham de ser sacrificados. Quando havia festas, tinha que sacrificar muitíssimos animais, por que o sacrifício do senhor Jesus é muito grande não pode ser representado com mesquinhez, tinha que ser representado com abundância, porque Ele é abundante! Como Igreja nós nos reunimos em torno da Pessoa do Senhor Jesus, debaixo unicamente do Seu nome para nos alimentar Dele, para apreciá-lo, para receber Dele o testemunho daquilo que ele fez lá na cruz do Calvário. O Evangelho de Deus é acerca do Seu Filho, é disso que trata o Evangelho de Deus. Há algo em deus que tem complacência com a Pessoa do Seu Filho, antes ainda de criar tudo. Ele fez toda a criação para o Seu Filho, e a fez Nele, e o seu anuncio é acerca Dele para que conheçamos o Seu Filho, a Pessoa do Senhor Jesus a quem Ele tem enviado, e Ele é a nossa vida eterna doada do Pai para nós. O evangelho acerca do Senhor Jesus era a linguagem dos profetas, era a linguagem que Davi cantou. Ai começa o Antigo Testamento a ter sentido para nós.
No Antigo Testamento foi revelado para nós que o Messias viria para nos resgatar, olhe Isaias capítulo 53, ai nós veremos esta grande verdade. Devemos ler o capítulo 7 e 9, de Isaias. Veremos a revelação gloriosa acerca Dele e da Pessoa do Senhor Jesus. Todas essas coisas apontam para Ele. Se olharmos para o Antigo Testamento, a partir do capítulo 25, do livro de Êxodo veremos lá no Tabernáculo a grandessíssima revelação acerca da Pessoas do Senhor Jesus em cada detalhe, em cada uma daquelas mobilhas, naquelas pequenas peças, por mais pequenas que sejam elas revelam coisas grandes acerca da Pessoa do Senhor Jesus. É isso que o Pai deseja que nós pensemos que nós entendamos. É isso que nós temos que ver que temos que enxergar, senão perderemos por completo a visão da Pessoa do Senhor Jesus.
Que Deus possa nos levar para dentro disso. Para a revelação dessa verdade no Seu Espírito, que isso venha tocar profundamente o nosso coração. Que possamos guardar essa Palavra no nosso coração, para que possamos a cada dia ser edificado e edificar, como membros do Corpo de Cristo Jesus.

As 42 Jornadas no Deserto - Parte 05



Por: Ir Luiz Fontes
Introdução - Parte 05
Texto: Nm 33: 1-49

Vamos dar continuidade a este estudo da peregrinação do povo de Israel pelo deserto, nestas 42 estações por onde eles passaram. Vamos estudar ainda alguns detalhes, embora não entramos em nenhuma das estações, mas é importante que nós tenhamos toda esta visão do pano de fundo que compõem estes episódios que se sucederão quando nós começarmos a estudar uma por uma destas estações.
Quando estudamos o livro de Êxodo, vemos que o povo judeu estava acostumado a fazer cada um o que bem lhe parecia, alem disso depois de serem escravos no Egito, nós vemos que eles saíram e da maneira como que desordenadamente, nós vemos que Deus começou colocar as coisas em ordem. Assim como no princípio lá no livro de Gênesis no capítulo 1, encontramos uma situação de caos, de desordem e a Bíblia diz que o “Espírito Santo começou a se mover sobre a face da águas”. Começou a colocar as coisas em ordem. Ele começou a trazer luz, depois ouve a separação entre o dia e a noite, separação com aquilo que era de cima com aquilo que estava embaixo e logo começou a brotar a vida. Ali Deus começou a edificar o homem como um lugar aonde ele pudesse ter comunhão. Ele criou o homem conforme a sua imagem e semelhança. Esse foi o trabalho do Espírito Santo de Deus.
Meus irmãos e irmãs, quando Israel saiu do Egito, nós vemos aqui uma situação de caos, mas o senhor começou a mover-se sobre eles, a trazer ordem sobre eles. O Senhor começou a levantar um santuário. Nós vemos naquela obra do santuário algumas determinadas disposições divinas, nós vemos que era desejo de Deus habitar no meio deles e logo que eles saíram, nós começamos a ver o trabalhar de Deus. Aqui nós podemos ver esta questão de ordem especificamente no livro de Levítico. O Livro de Levítico se tornou necessário porque o povo começou a viver em função da casa de Deus. Ali nós vemos os arranjos conforme a santidade de Deus, nós vemos as ofertas estabelecidas por Deus e nessas ofertas nós encontramos os diferentes aspectos da Cruz de Cristo. O sacerdócio do Senhor Jesus. Disso é o que nós aprendemos no livro de Levítico.
Quando esta etapa se cumpriu nós chegamos ao livro de Números. Se compararmos a situação do livro de Êxodo, quando estava recém saído e como que o Senhor estava colocando seu povo em ordem, através de suas diferentes jornadas. Nós podemos ver que através de cada nova jornada havia uma revelação do senhor. Ai o Senhor vai trazendo luz, colocando todas as coisas no seu devido lugar. Então aqui, no livro de Números, começa-se colocar em ordem o povo. Primeiro nós vemos que eles pareciam que queriam ir com seus próprios caminhos, mas agora, o Senhor levanta o Tabernáculo. E esse Tabernáculo iria mudar a direção do povo, porque eles tinham que andar de acordo com o mover da nuvem sobre o Tabernáculo, Deus estava mostrando para eles como é que eles deveriam agir. Eles estavam sendo disciplinados por Deus. O Senhor estava ensinando para eles quando é que eles deveriam levantar e quando eles deveriam ficar parados. No princípio tudo era um caos, cada um saia por onde queria. Veja o livro de Juízes no capítulo 21, versículo25, diz: “Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto”. Não havia rei em Israel e Cada um fazia o que lhe bem parecia.
Agora em Deuteronômio capítulo 12, versículos 4 e 5, o Senhor diz para o povo:
4 - Assim não fareis para com o Senhor vosso Deus;
5 - Mas o lugar que o Senhor vosso Deus escolher de todas as vossas tribos, para ali pôr o seu nome, buscareis para sua habitação, e ali vireis.
Essa é a determinação que nós encontramos aqui em Deuteronômio, ou seja, em Cristo, no Espírito e no Corpo de Cristo. Porque isso é o que representa o Santuário de Deus onde o Senhor põe o Seu nome. Isto representa primeiramente a Cristo, representa também o nosso Espírito no lugar santíssimo, representa também a Igreja que é o Corpo de Cristo. Um só Santuário e ali lhe servireis. Não fareis como haveis feito até agora cada um como lhe bem pareça, mas o Senhor vai se movendo em meio ao Seu povo e já ensinando ao seu povo a ordem da marcha. Então por isso diz lá em Números capítulo 9, versículo 23, diz assim: “Segundo o mandado do SENHOR, se acampavam e, segundo o mandado do SENHOR, se punham em marcha; cumpriam o seu dever para com o SENHOR, segundo a ordem do SENHOR por intermédio de Moisés”. Estão vendo aqui, é um princípio. É assim que deve ser a nossa vida cristã hoje.
Irmãos e irmãs, o que temos visto à parte da Palavra de Deus na experiência cristã nos nossos dias é que cada um faz conforme acha. Cada um faz conforme uma nova revelação que diz ter, cada um faz conforme a mais lucrativa, conforme pode atrair mais o povo para poder suplantar o povo através de dízimos e ofertas. Dízimos e ofertas são princípios espirituais. Mas nós não podemos usar disso para poder sufocar o povo de Deus. Quantas coisas mesmo que seja com nomes bíblicos, nós temos inserido na vida da Igreja para poder conduzir o povo de Deus. Nós temos que ser conduzidos pelo Espírito Santo através dos ministérios constituídos e estes ministérios devem estar de acordo com a Palavra de Deus. Eles não precisam apenas ter títulos ministeriais (porque tem muita gente com título ministerial sem expressão ministerial). Mas que o Espírito Santo por meio dos quais ele chamou e por meio dos quais ele mesmo está agindo, venha trazer direção para o povo de Deus. Porque não temos o direito, mesmo debaixo do nome de Cristo Jesus fazer o que queremos, não podemos viver esta “acheologia”, nós temos que viver o Evangelho de Cristo Jesus.
Veja que em Números capítulo 4, versículo 5, temos uma explicação clara, a frase na qual nós iremos nos deter é assim: “Quando partir o arraial”, porque irmãos e irmãs, o Senhor sabia da jornada do Seu povo, sabia das várias mudanças do arraial todas dirigidas por ele, mas cada uma era uma nova etapa. E o arraial tinha que mudar quando era hora, quando o Senhor dava o sinal e a nuvem se levantava e começavam a se mover em algum lugar, em algum sentido. Então o Senhor, somente ele sabe quando nós estamos necessitando de experiência, quando é que nós precisamos passar por alguma nova experiência, por alguma nova etapa. É assim que a nossa vida cristã é vivida. Talvez não entendamos, mas a vida cristã é vivida de etapas em etapas, de circunstâncias e circunstâncias. É com a “luz da aurora”, lá de provérbios 4:18, que “vai brilhando, brilhando até ser dia perfeito”. Então tinham que levantar e seguir a nuvem. Esta era uma ordem estabelecida por Deus e esta ordem é a que está justamente aqui no capítulo 4, e o versículo 5, do livro de Números. Porque Números é o livro que trata da “ordem da disciplina das coisas de Deus”, por isso é que se chama Números. Porque é para por em ordem: primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto e assim por diante. Este é o princípio espiritual. o que estiver em quinto não deve vir primeiro, o primeiro não deve vir em décimo, o primeiro e o sétimo não deve vir em quarto. O primeiro é o primeiro, o segundo é o segundo, o terceiro é o terceiro, o quarto é o quarto e assim sucessivamente. Há uma ordem na qual o Senhor está se movendo sobre o Seu povo. Seu povo está um povo desordenado para ser colocado em ordem e disciplina, então primeiro o Senhor começa a tratar. Aqui nós temos um translado do arraial. É como diz no versículo 5 e 6, de Números 4:

5 - Quando partir o arraial, Arão e seus filhos virão, e tirarão o véu de cobrir, e, com ele, cobrirão a arca do Testemunho;
6 - e, por cima, lhe porão uma coberta de peles finas, e sobre ela estenderão um pano, todo azul, e lhe meterão os varais.

Veja que o primeiro que tem que ser visto aqui é véu, isto é estupendo, é impressionante. Tudo começa pelo lugar Santíssimo. Tirar o véu para colocar ali os panos, a arca coberta com os panos azuis e seguir avançando. É uma ordem estabelecida por Deus. O primeiro que se trata aqui é em relação com Cristo, inclusive antes das mesas dos pães, antes do candelabro, antes do incensário, é o assunto da arca, do lugar Santíssimo. Começa pelo lugar Santíssimo. Isso aponta para a nossa vida cristã elevada nessa jornada. Nossa vida cristã é vivida nas alturas no propósito de Deus. Preste atenção no que diz o texto; “Arão e seus filhos virão”, ou seja, o Sacerdócio. Aqui nós temos o Ministério. Todo o povo do Senhor nós sabemos são sacerdotes, mas aqui está representando a autoridade delega do Sacerdócio de Cristo e diz “tirarão o véu de cobrir, e, com ele, cobrirão a arca do Testemunho”. Primeiro é a arca, porque a parte que corresponde com a nuvem é primeiramente a arca e todo o Tabernáculo, mas primeiramente a arca, é toda mobilha do Tabernáculo, mas primeiramente a arca.
Quando vemos em Êxodo capítulo 25, quando o Senhor lhe diz: “E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles”. O primeiro que se descreve, a primeira mobilha é a arca, depois vêm a mesa, o candelabro, e assim nós vemos todos os materiais das mobilhas.
Veja que em Atos dos Apóstolos no capítulo 2, diz que: a igreja perseverava primeiro - na doutrina dos apóstolos. O que era a doutrina dos apóstolos? Era cerca de Jesus Cristo. Depois na comunhão uns com os outros, no partir do pão, que se relacionava com os pães da proposição, o candelabro. Depois as orações, ou seja, o altar do incenso, o incensário. Essa é a ordem que nós vemos lá em Êxodo capítulo 25. Veja o quanto isso é claro e deve ser prático na nossa vida. Essa ordem aparece aqui, são quatro coisas: a arca, a mesa, o candelabro e o altar do incenso. São as primeiras coisas que são transladadas, e estas quatro coisas correspondem-se com aquelas quatros coisas que vemos aqui no livro de Atos dos Apóstolos capítulo 2, versículo 42. Aqui está o caminho da igreja. É assim que nós devemos entender, olhe o que diz: “perseveram na doutrina dos apóstolos”.
Em Atos capítulo 5, versículo 42, nós vamos entender o que significa aqui a “doutrina dos apóstolos”, olhe o que diz este texto: “E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo”. Esta é a doutrina dos apóstolos, vemos aqui claramente. Vemos que este é o fundamento, está relacionado com a pessoa do Senhor Jesus. Porque nenhuma coisa tem algum sentido se estiver separado de Cristo Jesus. Em Cristo as coisas tem sentido, tem valor, tem realização, tem redenção, porque esse é o centro da doutrina apostólica do Senhor Jesus. Então a primeira coisa que nós vemos aqui, nessa ordem de coisas é a “centralidade de Cristo”. Claro que quando nós lemos as cartas dos apóstolos, vemos que estas cartas falam de muitas coisas, mas em todas elas está sendo revelado Deus por Cristo Jesus, ou seja, Cristo é o tema central dos apóstolos, o Senhor Jesus sendo ensinado e pregado. A palavra grega “didaquê” que significa ensinamento didático e a palavra “kerigma” que significa proclamação. É o ensinamento didático corrente, ordenado a tudo que se relaciona a pessoa de Jesus Cristo. Sua Pessoa, Sua Obra e Sua Doutrina, o que é essencial. A igreja não pode ter como centro, a igreja não pode estar girando através de nenhuma outra coisa, a igreja tem que ter esta centralidade, não pode ser descuidada em nada que se relacione a Cristo. Ela tem que focar diretamente a Cristo. O tesouro da igreja é o Senhor Jesus. O que a igreja tem que entender é o Senhor Jesus cristo. O que a igreja deve conhecer é Jesus Cristo. O que a igreja deve viver é Jesus Cristo. O que a igreja tem que testificar é Jesus Cristo. A igreja tem que glorificar a Jesus Cristo, ou seja, a igreja tem que estar centrada em Jesus Cristo. Às vezes nós centralizamos o nosso viver como igreja em muitas outras coisas. Às vezes organizamos alguma coisa em função de algo particular onde o centro não é o Senhor Jesus. Mas aqui diz a Palavra do Senhor que os apóstolos “todos os dias no templo e nas casas”, não cessavam de fazer duas coisas: “ensinar”, aqui está o aspecto didático de forma ordenada, seqüenciada, que é o que está debaixo da palavra “didaque”, de forma didática que se traduz ensinamento. E também a palavra “kerigma” que quer dizer “proclamação”, ou seja, aquele tema cultural de aplicações do Senhor Jesus a qualquer conjuntura, a qualquer necessidade. A igreja em qualquer momento deve pregar a Jesus Cristo e apresentar a Jesus Cristo como qualquer coisa que se apresente no caminho. Não somente se prega como também, ensina. Não somente se ensina, mas também, se prega. Não podemos ficar só com o ensinamento porque constantemente temos necessidades práticas e esquecemos-nos do depósito que nos foi dado como encargo da igreja. Como conselho de Deus centrado no ministério de Cristo para estar constantemente recebendo integralmente e transmitindo constantemente. Por isso é necessário que Jesus Cristo seja ensinado e seja pregado, esse é o centro da doutrina dos apóstolos, por isso é que quando ali diz que a igreja, o povo do Senhor, em seu perseverar, em seu caminhar, estava centrado nestas quatro coisas. A primeira delas era a “doutrina dos apóstolos”, ou seja, eles eram “Cristocêntricos”, porque os apóstolos ensinavam e pregavam a Jesus Cristo.
Meus irmãos e irmãs, que Deus no seu amor infinito e graça, fale ao nosso coração, possa levar-nos a compreender a prioridade das coisas de Deus, nesta jornada espiritual que nós estamos sendo conduzidos pelo Espírito Santo. Que nós venhamos entender, que nessa jornada, há princípios que não podem ser desprezados, há um viver que nós não podemos desprezá-lo. Nós precisamos ser ajudados pelo Espírito de Deus através da sua Palavra para que nós entendamos a nossa própria situação, o nosso próprio viver. Podemos até julgar que estamos muito bem alegremente vivendo a vida cristã, mas sem a essência cristã, sem a realidade cristã. Isso pode com certeza nas nossas vidas atrasar o propósito de Deus. Muitas vezes podemos estar perdidos nas nossas próprias concepções e doutrinas humanas, enquanto a verdade de Cristo é outra coisa completamente diferente.
Que o Senhor nos ajude que nos guarde, que nos leve para a centralidade da sua Palavra, porque ali nós encontraremos Cristo, a “centralidade de Deus”. Que venhamos ser ricamente abençoados por esta Palavra.