segunda-feira, 23 de maio de 2016

A IGREJA EM JERUSALÉM (PARTE 5)





Leitura: At 2:37-47


ESTAVAM JUNTOS


Tinham Tudo em Comum

"Todos os que creram estavam juntos.” Esse ajuntamento era mais do que físico; esse ajuntamento era uma união espiritual, e era manifestado de diferentes formas: era expresso em suas preocupações uns pelos outros e em seus cuidados mútuos. Aquelas pessoas estavam completamente libertas de instintos possessivos. O desejo de posse é um dos mais primitivos instintos dos seres humanos. Mesmo uma criança possui esse tipo de instinto. Quando está brincando com sues brinquedos, ela diz: “Isto é meu!” Nós somos pessoas egoístas, centradas em nós mesmos. Todavia, quando aquelas 3.120 pessoas nasceram em um Corpo, todo egoísmo e toda característica de possuir, de adquirir coisas para si mesmo não existiam mais. Elas compartilhavam todas as coisas. Ninguém dizia: “Isto é meu!” Elas cuidavam umas das outras, supriam as necessidades umas das outras porque, durante aqueles dias, muitos vieram para a festa de pentecostes e não retornaram mais para casa. Portanto, não tinham mais emprego e não estavam fazendo coisa alguma. Então, casas foram abertas para que eles morassem, comiam juntos e compartilhavam de todas as coisas.
Suponha que uma célula em seu corpo diga: "Esta vida é mi­nha." O que acontece? Você tem câncer, Nenhuma célula sua dirá: “Isto é meu”. Todas elas compartilham tudo com todo o corpo.
Quando o Espírito de Deus fez nascer aquele corpo celestial sobre a Terra, todos começaram a viver um estilo de vida nunca visto antes no mundo. Isso não foi ensinado, não foi forçado; foi tudo espontâneo, espiritualmente espontâneo. Os discípulos estravam juntos. Como podemos dizer que somos um corpo se não nos importamos uns com os outros?

Partiam o Pão de Casa em Casa

Eles expressavam sua união partindo o pão de casa em casa. Eles amavam tanto o Senhor e amavam uns aos outros de tal maneira que, provavelmente, em toda refeição eles simplesmente celebra­vam, lembrando-se do Senhor. Algumas vezes, sinto que nós com­plicamos muito a questão de partir o pão. Realmente, deveria ser muito, muito simples. Após a refeição, quando nos sentimos toca­dos pela graça e o amor de Deus, vamos partir o pão e dar graças a Ele. Eles faziam isso para demonstrar a união que possuíam.

Eles se Reuniam Diariamente

Diariamente perseveravam unânimes no templo. Isso é união. Não podemos dizer "Meu espírito está com vocês" se nosso corpo não estiver lá. Isso não é união. Se há união, nosso espírito e também nosso corpo deverão estar juntos.
Eles não abandonavam a assembleia dos santos. Eles se encorajavam e exortavam uns aos outros ao amor e às boas obras. Isso é união. A vida moderna não é tendente para uma vida espiritual, isso é verdade. Mas, apesar disso, sinto-me muito envergonhado quando penso em como os primeiros cristãos viviam a vida do Corpo e como nós hoje supostamente vivemos a vida do Corpo. Precisamos estar diante do Senhor com respeito a esse assunto.

A IGREJA EM JERUSALÉM (PARTE 4)





Leitura: At 2:37-47


VIDA DO CORPO

Que tipo de vida é a vida do Corpo? Que espécie de vida aqueles primeiros crentes viviam como a Igreja de Deus? Primei­ramente, antes de qualquer coisa, eles perseveravam, persistiam, ocupavam-se com a doutrina e a comunhão dos apóstolos, com o partir do pão e com as orações (At 2:42). Antes disso acontecer, eles estavam ocupados com muitas coisas; mas daí em diante, o que ocupava a vida deles? Como viviam? Eles prosseguiam fiel­mente, ocupados com a doutrina e a comunhão dos apóstolos.


No Partir do Pão e nas Orações

"No partir do pão e nas orações." A doutrina e a comunhão dos apóstolos são especialmente expressadas de duas maneiras. Uma é por meio do partir do pão. Por que o partir do pão é tão importante? Porque é nossa comunhão com nosso Senhor. Nós estamos em comunhão com Seu sangue, estamos em comunhão com Seu corpo e estamos em comunhão uns com os outros. É uma expressão prática de nossa união e comunhão em Cristo Jesus.

Por que as o rações são tão importantes? Isso não se refere à oração pessoal, mas corporativa, a cristãos orando juntos. Isso é muito importante porque as orações expressam nossa união com Cristo em Seu propósito e interesse. Não estamos orando cada qual por si mesmo ou por nosso pequeno círculo, mas estamos orando pelo interesse e propósito Dele. Sendo assim, o partir do pão na realida­de é a vida da Igreja, e a oração é o ministério da Igreja.

Quão importante, quão essencial é que participemos da Mesa do Senhor! Não é um ritual nem uma formalidade; não se trata de um hábito nem de qualquer tipo de tradição. Cada vez que nos reunimos ao redor de Sua Mesa e nos lembramos do Senhor, estamos em comunhão espiritual com Seu sangue e com Seu corpo, e estamos ainda em comunhão com todos os irmãos e irmãs, membros do Corpo de Cristo, espalhados pelo mundo. Isso é um testemunho, é a vida do Corpo. Como podemos dizer que possu­ímos a vida do Corpo se estamos ausentes da Mesa do Senhor? Como podemos dizer que temos a vida do Corpo se estamos au­sentes das orações? Essas são as expressões práticas do Corpo de Cristo, da vida do Corpo. Desde o início, aqueles 3.120 crentes ocuparam-se dessa maneira. Como eram muitos os crentes na­quela época, havia muitos ocupados com a Mesa do Senhor e muitos com a oração. Essa é a vida do Corpo.